Decidindo a Edificação

Decidindo  a Edificação
" Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor " 1 Coríntios 1:9

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Um Tesouro Encontrado

A vereda do justo é como a luz da aurora

"Aprouve ao Senhor ensinar-me uma verdade, que tem beneficiado a minha vida por mais de catorze anos. É o seguinte: percebi, muito mais claramente do que antes, que o assunto mais importante e mais urgente com que tenho de me ocupar a cada dia é conservar a minha alma muito feliz no Senhor."

A primeira coisa com que devo me preocupar não é tanto o quanto eu posso servir ao Senhor, mas o quanto eu posso colocar a minha alma num estado de felicidade no Senhor e alimentar o meu homem interior.

Eu poderia procurar servir ao Senhor pregando a verdade aos incrédulos; poderia procurar beneficiar os crentes; poderia cuidar de aliviar os oprimidos.
Poderia ainda procurar proceder de tal maneira a me comportar como um filho de Deus neste mundo, e contudo, por não estar feliz no Senhor e não ser alimentado e nutrido no meu homem interior dia a dia, tudo isto poderia não ser praticado corretamente, ou no espírito certo.

Até então a minha prática tinha sido, por pelo menos dez anos antes disso, de habitualmente me entregar à oração logo depois de me vestir de manhã cedo.
Agora eu vejo que a coisa mais importante que eu deveria fazer era me entregar à leitura da Palavra de Deus, e nela meditar, de tal maneira que o meu coração pudesse ser confortado, encorajado, aquecido, reprovado, instruído.
Percebi que assim, através da Palavra de Deus, enquanto meditava nela, o meu coração poderia ser levado a uma experiência de comunhão com o Senhor.

Comecei, a partir de então, a meditar no texto do Novo Testamento desde o começo, cedo de manhã.
A primeira coisa que eu fiz, depois de pedir em poucas palavras a bênção do Senhor sobre a Sua preciosa Palavra, foi começar a meditar na Palavra de Deus, pesquisando em cada versículo para obter dele uma bênção, não para exercitar o ministério público da Palavra, não para pregar sobre aquilo que eu estava meditando, mas para obter alimento para a minha própria alma.

Descobri que, como resultado disso, invariavelmente logo depois de alguns minutos a minha alma era levada à confissão, ou à ação de graças, ou à intercessão, ou à súplica; de tal modo que, embora eu não tivesse inicialmente me dedicado à oração e sim à meditação, contudo eu era levado quase imediatamente de um jeito ou de outro à oração.

Então, quando eu terminava com a minha súplica, ou intercessão, ou ação de graças ou confissão, eu continuava para os outros versículos, e novamente mergulhava na oração por mim mesmo ou pelos outros, de acordo com o que me guiava a Palavra, mas ainda mantendo diante de mim aquele objetivo da minha meditação, o de obter alimento para a minha alma.

A diferença, então, entre a minha prática anterior e esta atual é isto: antes, quando eu me levantava, eu começava a orar o mais cedo possível, e geralmente gastava quase todo o meu tempo até o café da manhã em oração, ou até todo o tempo.
Em todas as ocasiões eu quase invariavelmente começava com oração, a não ser quando eu sentia a minha alma desnutrida, estéril, casos em que eu lia a Palavra de Deus para alimento, ou para refrigério, ou para renovação ou reavivamento do meu homem interior, antes de me entregar à oração propriamente dita.

Mas qual era o resultado disto? Geralmente eu ficava de joelhos quinze minutos, ou meia hora, ou até uma hora, antes de alcançar a consciência de estar recebendo conforto, encorajamento, humildade de espírito, etc., e muitas vezes, depois de ter sofrido com a divagação da minha mente pelos primeiros dez minutos, ou quinze, ou até mesmo meia hora, e então somente aí é que eu começava realmente a orar.

Raramente me acontece isto agora. Com o meu coração alimentado pela verdade, experimentando uma comunhão real com Deus, eu falo com o meu Pai e com meu Amigo
(por mais vil que eu seja e indigno disto) acerca das coisas que Ele me trouxe na Sua preciosa Palavra. Muitas vezes eu me admiro agora de que não tenha percebido isto antes".



Autor: George Müller
Extraído do Jornal Arauto da Sua Vinda - Ano 15 Número 1


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