Decidindo a Edificação

Decidindo  a Edificação
" Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor " 1 Coríntios 1:9

sábado, 18 de setembro de 2010

Aos Irmãos Religiosos

Leitura bíblica: Hebreus 9:23 a 28.

Existe já de alguns anos certo grupo musical cristão de refinada inspiração. Trata-se do Grupo Logos (Não, este texto não é de propaganda gospel de forma alguma), e em uma de suas músicas o grupo fala da superficialidade de nossos dias, e não da superficialidade mundana, mas da cristã, na música em questão temas como a desmedida “euforia” reinante, que provavelmente não tem suporte ao teste do Amor, ou mais direto ainda quando pergunta se hoje tomaríamos a cruz e seguiríamos aquele a quem chamamos de Senhor. E por ai vai.  Olhando bem a nossa volta nos parece que o tema é pertinente, mas muitos não estão preocupados com isto, antes se fala abertamente em vitórias sobre vitórias, sucesso, tomada do poder, conquistas de cidades, de estados e do país inteiro. Mas a ferramenta já não é a pregação, e a vivência real do instrumento maior o Evangelho, mas sim a ocupação total de espaços, sejam eles políticos, sociais, culturais e religiosos. E ainda utilizando-se de todo e qualquer instrumento que promova facilmente esta ascensão, seja com propaganda, uniões estranhas a pureza exigida por Deus para seus filhos, e umas e outras coisas a mais. Pois bem, esta atual condição, ou comportamento coletivo da cristandade não surgiu a toa, mas é fruto da forma moderna/protestante de se cultuar a Deus. Por mais duro que seja isto, ao que me parece é um fato, pois falo baseado na condução histórica da formação das bases eclesiais destes grupos, distintos entre si, mas semelhantes em algo bem firmado: O sistema de clérigo e Leigos.
A figura de um homem especial, ou de um grupo separado, exclusivamente para manter a “ligação” entre Deus e seu povo é algo que deve ser motivo de acurada averiguação por todos aqueles que buscam de coração sincero a Deus. Falo isto por que este padrão pré-cristão, que encontramos apenas no velho testamento, não era o praticado na igreja em seu primeiro século, antes a visão revelada de que Deus tinha nos seus crentes um reino sacerdotal, era a tônica reinante entre os nossos irmãos. E quando isto começou a ser substituído dissimuladamente pelo antigo regime sacerdotal, foi prontamente combatido pelos apóstolos, trazendo a memória dos santos que a antiga aliança tinha acabado, que na nova, isto é em Cristo, não deveríamos mais sermos tornados servos de ordenanças exteriores que não promovem o principal na vida cristão: o crescimento da Vida de Cristo em nós. É algo mais ou menos assim, fomos todos chamados por Deus para uma vida de comunhão (1Co.1:9), vida esta que não é mais individual, pelo contrário é totalmente coletiva. O individualismo morre junto com nossa herança adâmica, que pelo batismo foi sepultada. Entretanto a grande maioria de nós está impregnada de muita indolência e preguiça para com Deus, a carne ainda é muito reinante em nós, porém em alguns a sua atividade comum é a da sobreposição, do talento comum para aparecer, e ai foi começando a tomar corpo uma mentalidade que levava ao povo entregar a estes santos aparentemente mais espirituais o controle nas reuniões das assembléias. Estes por sua vez não foram cheios de Vida o suficiente para confiar na operação do Espírito Santo nas vidas de cada santo, e então assumiram para si este trabalho. Oh que lastimável isto foi. Agora vejam, com isto eu não estou falando que não deva existir liderança, entretanto quero enfatizar que na vida da igreja, em nossa era da graça, o que deve prevalecer é a liderança, o governo do Espírito Santo. Ela é exercida na igreja por meio dos homens-dons que Deus coloca, para em estando coordenados como Corpo possam executar a sua vontade. Isto está claramente demonstrado na carta do apóstolo Paulo aos efésios (Ef. 4:11,12). Isto é totalmente diferente do modelo atual de liderança, centrado no sistema pastoral, que levou a atrofia dos demais membros do Corpo, já que agora em nossas reuniões, ou cultos como chamamos agora, a prática da mutualidade foi extinta, antes apenas um homem fala e um grande grupo apenas ouve o que lhes é exposto. Neste contexto como esperar que o resultado não seja o que vemos hoje? O homem que fala tem de falar cada vez mais, e o povo quer ouvir cada vez menos, ou melhor, escutar apenas o que lhe atiça os sentidos levando estes lideres a procurarem a melhor forma de entretê-los. É ai que retornamos completamente ao sistema sacerdotal levítico com seus aparatos e símbolos de repetida operação de sacrifícios. Mas o que nos diz a sã doutrina sobre isto?
 Na epistola aos Hebreus vemos no capitulo 9, nos versos de 23 a 28 que após Cristo ter sido morto na cruz o que era apenas a sombra deste evento, os sacrifícios contínuos no templo, agora foram de uma vez por todas aperfeiçoadas por Cristo, que é o verdadeiro e único sumo sacerdote. E que tendo nos purificado por meio de seu sangue aparecerá ainda uma segunda vez para os que o aguardam. Ora sendo assim, e a escritura não pode mentir, como estamos hoje reinventado práticas antigas que já naquela época não podiam aperfeiçoar os seus realizadores, nem os que dela se utilizavam. Como podemos ver “cultos disto”, “cultos daquilo”, “atos proféticos”, e etc. coisas totalmente vinculadas ao antigo pacto judaico, e que a preço de hoje não servem para outra coisa senão negar a obra de Cristo na Cruz. Lembrem-se: Pela Graça sois Salvos!  Amados irmãos a presente admoestação não procede de outra coisa que não de um coração puro, de uma boa consciência, e de uma fé sem fingimento. A hora vem, e já chegou, na qual o que irá pesar na balança não serão as minhas bênçãos materiais, nem minhas vitórias econômicas, mas sim o quanto de Cristo eu tenho em mim, em meu ser, em meu espírito, em minha alma, e mesmo no meu corpo. O quanto eu, por meio do corpo edifiquei sobre o único fundamento posto: Cristo Jesus. Nestes últimos dias é necessário a todos os filhos de Deus intensificar a busca pela comunhão mais intima com o Senhor, buscar ainda mais a santificação, buscar ainda mais amar ao Senhor que nos salvou da ira vindoura. E principalmente despertarmos definitivamente para vermos que há um prêmio proposto, um reino a ser ganho. E este Reino não é deste mundo, e nem tem parte com absolutamente nada dele.  Aleluia! Jesus Cristo é o Senhor!

Autor: Ricardo Porfirio

2 comentários:

  1. Não é mais de se adimirar o que acontece no meio da cristandade, na verdade, é de se lamentar e chorar. Essa tem sido a aparência da profunda palidez epática da religião, que têm enclausurado a vida divina, viçosa e funcional dentro daqueles que receberam a Cristo. Bloqueando-os a verdade do evangelho, e diciminando práticas e ordenanças insípidas, anulando a Cruz de Cristo e a Nova Aliança.

    Que O Senhor continue se deramando em compaixão.

    G.C.B

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  2. Que a Graça do Cristo ressureto seja multiplicada em teu interior, e que tua mente esteja atenta para com o procedimento da verdade, tanto com os santos, quanto aos homens dessa geraçào. Que a Verdade seja fortaleza em tua alma, sim, que a tua verdade seja manifesta por meio do Filho a todos de perto e de longe.

    O Senhor te sustente. Gladstone Campos.

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